A cesta básica faz parte da vida dos brasileiros. Ela também está presente nos noticiários, ajudando a entender como está a inflação e o poder de compra da população. Ela pode ser apenas alimentar, quando seus itens estão limitados aos produtos alimentícios, ou contar com itens básicos de higiene.
Quer entender melhor a composição da cesta básica, e conhecer algumas dicas importantes, como o preço médio e onde comprar? Siga a leitura!
O que é cesta básica?
A cesta básica é uma lista de produtos que são considerados essenciais para a subsistência de uma pessoa. Ela pode contar apenas com alimentos (cesta básica alimentar) ou também com itens de higiene de primeira necessidade.
Em 1938, o governo brasileiro estabeleceu em lei uma lista de alimentos e suas respectivas quantidades para que um trabalhador em idade adulta consiga garantir sua saúde e bem-estar. Essa lista foi chamada de cesta básica nacional.
Três institutos de economia fazem, periodicamente, o cálculo do valor dessa cesta, a partir de pesquisas em supermercados. Além de ajudar a fazer a compra mensal (pois você tem uma margem da média de preço de cada item), essas pesquisas mostram o quanto os alimentos básicos pesam no bolso do brasileiro.
O governo também se baseia nesses valores para estabelecer a política salarial, ou seja, o reajuste no salário mínimo. Além disso, graças a essa pesquisa, os supermercados não podem colocar preços abusivos nos produtos, estimulando a concorrência.
Quais os itens da cesta básica?
A cesta básica nacional, que explicamos no tópico anterior, é composta por 13 produtos:
A quantidade de cada ingrediente poderá variar de acordo com a tradição alimentar de três grandes áreas do país: sudeste, sul e centro-oeste e norte e nordeste.
Mas esses não são exatamente os itens presentes nas cestas básicas das empresas distribuídas aos trabalhadores. Esses produtos são mais usados para fazer a medição e o estudo que explicamos no tópico anterior, ajudando a entender como anda a economia.
De acordo com o governo, o esperado é que cada trabalhador ganhe o mínimo para comprar os produtos da cesta básica, garantindo, assim, a sua subsistência. Se o salário mínimo nacional, por exemplo, for insuficiente para comprar pelo menos esses produtos, então muitos trabalhadores terão seu bem-estar colocado à prova.
Muitas das cestas que encontramos para comprar contam com itens adicionais como: sal, macarrão, fubá, biscoitos doces e salgados, produtos de higiene e limpeza (sabão em pedra, sabão em pó, creme dental, sabonete e papel higiênico), temperos, achocolatado, extrato de tomate, enlatados (sardinha, ervilha, milho ou salsicha), leite condensado, etc.
Geralmente, as cestas oferecidas pelas empresas aos trabalhadores são compostas por itens não perecíveis, por isso, ficam de fora carnes, verduras e frutas.
Qual o preço médio da cesta básica?
A disparada de preços dos itens de alimentação em 2020 e 2021, fez com que o preço médio da cesta básica subisse. De acordo com levantamento do Dieese, a cesta mais cara é a de São Paulo, capital, com custo de R$ 654,13 – alta de 3,59% em comparação com dezembro de 2020.
Se formos considerar que o salário mínimo atual é de R$ 1.100, podemos perceber que só a alimentação consome a maior parte do rendimento do trabalhador. Lembrando que este cálculo considera apenas os 13 alimentos que citamos que compõem a cesta básica nacional, ficando de fora itens de higiene, por exemplo.
O Dieese também comparou o custo da cesta mais cara com o salário mínimo líquido (ou seja, o que sobra após o desconto de 7,5% da Previdência) e constatou que um trabalhador que recebe o salário mínimo compromete, em média, 54,93% do seu salário apenas na compra dos alimentos básicos – considerando apenas uma pessoa adulta.
Por isso, para o Dieese, se o salário mínimo fosse ajustado para que o trabalhador realmente tivesse condições mínimas de bem-estar, o valor deveria ser de R$ 5.495,22, quase 5 vezes maior que o mínimo vigente.
A capital com a cesta básica mais barata constatada pelo Dieese foi Aracaju, com o valor de R$ 450,84.
Como montar uma cesta básica?
Se você tem uma empresa e deseja montar a cesta dos seus funcionários ou está pensando em montar uma cesta para você ou para doar, existem alguns alimentos que não podem ficar de fora.
Os alimentos essenciais são:
- Arroz;
- Feijão;
- Óleo;
- Sal;
- Açúcar;
- Café;
- Molho de tomate;
- Macarrão (espaguete ou parafuso);
- Sardinha ou atum;
- Salsicha ou charque;
- Milho, ervilha e seleta de legumes;
- Farinha de trigo e de mandioca;
- Biscoito doce e salgado;
- Manteiga;
- Leite em pó.
Além desses, você também poderá incluir produtos de higiene, que também são básicos e necessários, como:
- Sabonete;
- Creme dental;
- Escova de dentes;
- Desodorante;
- Shampoo;
- Condicionador;
- Papel higiênico;
- Detergente;
- Sabão em pó;
- Amaciante;
- Água sanitária;
- Limpador multiuso;
- Esponja de aço.
É claro que esses produtos são sugestões e dependerão muito da região do Brasil onde você mora. De qualquer forma, procure por produtos de qualidade.
Onde comprar?
Você pode montar a sua própria cesta com esses itens básicos em qualquer supermercado. Existem alguns supermercados e atacadistas que já vendem a cesta pronta, mas é sempre importante conferir o que vem nela, já que, como vimos, cada fabricante poderá incluir mais ou menos itens.
Além disso, na internet, você encontra empresas especializadas no fornecimento de cestas básicas, distribuindo-as tanto para as empresas (que compram as cestas para seus funcionários), como para as pessoas físicas que desejam comprar o item.
Essas empresas costumam ter vários tipos de cestas, com modelos mais econômicos (e menos itens) e outras mais completas.
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